domingo, 16 de fevereiro de 2014

O que pode ser consertado?

Gostaria de comentar nesta postagem o que considero passível ou não de conserto, quando falamos sobre peças de bicicleta manufaturadas em materiais compostos. Por vezes determinar o que é ou não vantajoso ser reparado fica por conta do cliente, que pesa a relação custo X benefício, no entanto a relação é um pouco mais complexa e acaba englobando mais algumas variáveis. Uma dessas variáveis é relativa ao risco em termos de segurança que a peça repara apresenta frente a uma peça nova. Uma vez que tal variável é de difícil mesuração (na verdade quase impossível) o caminho mais lógico a ser tomado deve ter como prioridade o princípio da precaução.
Fica bem claro ao olharmos uma peça e a forma como ela se apresenta no conjunto da montagem, se ela possui ou não redundância. Em um quadro de geometria padrão (duplo triângulo), se por acaso o top tube venha a falhar, ainda temos o down tube ligando a caixa de direção ao movimento central, assim como no caso dos seat stays e chain stays. Peças como canotes, guidons, mesas e garfos pelo contrário não possuem essa redundância (talvez o garfo até possa ser considerado em parte redundante, no entanto a falha de uma das canelas, provavelmente comprometerá a dirigibilidade severamente). Somado a isso temos ainda que se tratam de peças com custo de aquisição menos “salgado”, comparados a quadros.
Concluindo, caso queira entrar em contato sobre o reparo estrutural de algumas dessas peças (canotes, guidons, mesas, garfos e trilhos de selins) saiba de antemão que as chances de reparo são bastante limitadas. Por exemplo: guidons que sofreram aperto excessivo da mesa considero refugo, já caso a ponta tenha sido avariada ou se queira fazer o aumento do comprimento em um ou dois centímetros (sem uso de bar ends), isso é plenamente possível sem comprometer a segurança.
Bons pedais e um abraço.


Exemplo de peças que devem ser refugadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário